terça-feira, 20 de outubro de 2009

Clichê é esperar.

Quilos de preocupação misturados com mais toneladas de sofrimento antecipado e masoquismo, eu diria que estes, me definem perfeitamente.
Lamentar antes, durante e depois é comigo mesmo, por mais que tenha dado certo, sei que reclamarei incansavelmente até o pior acontecer outra vez. Aí terei com o que sofrer, e tudo ficará bem.
Porque é isso mesmo, eu devo gostar de sofrer, não há outra explicação...
Mas se querem saber, fazia acho que talvez um mês que eu não sabia mais o que era sol, estava nublado e cinza, (literalmente pra variar) e o que eu mais queria era o meu sol, porque apesar de gostar do clima "cinzático", ser escrava dele por tanto tempo estava sendo... Ruim.
Não falo do sol que me torra e faz-me suar baldes, falo de alegria... Fiquei tanto tempo fingindo estar bem e não importar-me com nada, que logo percebi que estava transformando-me em um robô, onde risos eram feitos apenas com a boca, incapazes de alcançar os olhos, incapazes de serem verdadeiros.
BláBlá, mesma lenga-lenga de sempre, eu sei. É que é estranho, em uma hora eu quero tanto uma coisa, e de repente em outra eu a desprezo tanto quanto a queria. Sei que se fizer vou arrepender-me amargamente por ser tão idiota em insistir numa coisa tão inútil e indigna de merecer se quer 1 % de minha atenção. Mas sei que se não fizer, e o perder, ou alguém fazer em meu lugar, me arrependerei também, ou seja, pra onde correr? Estou empacada outra vez.
Definitivamente se eu pudesse voltar no tempo eu seria não; o retorno não chega, os dois lados que agora encontram-se opostos não andam, e todas as lágrimas derramadas foram em vão.
Com certeza eu faria, faria e faria agora. Eu seria NÃO.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

The Sea.

De fato faço do meu medo minha própria morada. Eu temo o mar, porém, sinto-me estranhamente bem e “em casa” quando me deparo a tamanha quantidade de água. Questiono a força da natureza, imaginando de segundos em segundos quando é que o mar recuará e formara uma onda gigante, de metros incontáveis, e assim destruir tudo, incluindo a mim.
Parecia um sonho, eu quase sempre sinto não estar acontecendo, quando algo está diferentemente perfeito demais... Bom, eu já comentei sobre o meu dia com a minha amiga virtual, que agora é real, no fotolog.
Só queria mesmo, que outras pessoas que nunca vi, pudessem estar ali comigo, mas acho que seria pedir demais, até porque, quem eu realmente queria, fazem parte de um passado que eu daria tudo pra voltar.
É lastimável, não consigo perder, parece que cada um que se vai é como se arrancassem um membro do meu corpo sem anestesia, lenta e dolorosamente.
Eu já devo estar aleijada de tudo tantas foram as pessoas que perdi, sejam estas, física ou/e sentimentalmente.
É estranho dizer que me importo agora, já que foram tantas as vezes que afirmei não fazer diferença ter alguém ou não... Acontece que é mais fácil fingir e fugir, é mais fácil mentir pra si mesmo do que encarar a verdade; ela machuca, ela te faz acordar de um mundo seu, onde é tudo como você quer, ou pelo menos como você desejaria que fosse.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Sobre amanhã que é hoje.

Fora um ano dos piores e mais difíceis pra mim. O pior é que mesmo próximo, ainda não chegou ao fim.
Nem vou dar-me ao luxo de perguntar “o que mais de ruim pode acontecer?” É como se fosse um agouro que clama catástrofes daquelas bem cabeludas.
Certo; dentro de algumas horas estarei entrando em uma sala de aula, trocando olhares e encaradas nervosas com boa parte de pessoas que eu nunca vira na vida.
O nervosismo e insegurança é algo bem familiar quando se trata de eu ter que dar o meu melhor seja lá no que for. Mas especialmente em dias de provas, eu fico... A ponto de inchar (se que isso é mais possível) e por fim explodir (o que seria bom).
Pensar no futuro, criar responsabilidades, essas coisas todas chatas que somos obrigados a fazer em certo ponto em nossas vidas, nunca foi a minha cara, eu definitivamente não nasci pra isso. Se tem uma coisa da qual eu tenho 100% de certeza é que eu viveria em meu mundo particular pra sempre, e é claro... sozinha numa boa.
Sério, daqui a pouco vou quebrar a cabeça em uma prova, e se por algum milagre divino eu passar não vai ser nem de longe o que queria realmente fazer. Mas como eu não conseguirei nota boa no ENEM... Bom, digamos que eu desde pequena fui acostumada a sempre contentar-me com o pior.
A barriga está começando a dar puxões gélidos e frenéticos só para fazer lembrar que a cada volta dos ponteiros minha forca particular encontra-se cada vez mais próxima.
É claro eu estou exagerando, fazendo meu drama diária, fazendo-me de vítima, é o que todos pensam, mas nunca realmente imaginei que cabeças tão normais fossem capazes de interpretar a minha tão... Anormal.
Não bastasse minha auto-pressão psicológica, tenho de contar com a dos meus pais é claro, especialmente a do meu pai, o que se era de imaginar, é sempre assim...
Bom, eu realmente estou morrendo de sono, acordei muito cedo hoje e só parei pra sentar e pensar agora. Vou comer meu cereal da madrugada (eu o amo porque além de não ter gosto de nada, não engorda) e mergulhar na maior e fantástica aventura já criada nesse mundo, parece que é a única hora que sinto pertencer a algum lugar, é quando leio; principalmente se for HP.
Vou lá, meu verdadeiro mundo me espera, desejo-me desde já muita sorte e boa quantidade de arrependimento futuro por não me importar com nada.