terça-feira, 5 de janeiro de 2010

2010

Era tanta gente. A minha paz onde estava? Eu não sabia, eu não a achava, nem enquanto me enfurnava neste quarto que agora vomito palavras de um passado... eu não a encontrava.
Mesa cheia, muitas outras vazias, injusto, triste, dor...
Luzes coloridas, poucas estrelas e muitas nuvens enfeitando o céu azul escuro, música, gente dançando, EU dançando, de olhos fechados sentindo 2009 ir embora, esperei por lágrimas, estas não vieram, olhos secos, boca seca, chuva, eu molhada, um relógio apita, meia noite, fogos, olá 2010.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Back!

Olá, olá, olá, digo olá ao blog porque ele sabe me ler, a ausências de seguidores neste não fez com que em nenhum momento eu parasse de pensar: “Ah, hoje vou postar.” É, claro não contamos com essa indigente que me segue, não faço idéia onde ela me achou, eu nunca divulguei.
É que eu simplesmente não tinha o que contar, bom, ter eu tinha, sempre tenho, mas sabe, é o mesmo assunto, então precisava respirar, escrever é pensar/refletir, e eu precisava parar de pensar/refletir, logo parei de escrever. Mas é 2010, ano novo, rotina nova, coisas novas, e espero que em breve sofrimentos novos, porque dos velhos já estou farta!
Vou tentar ficar ativa, quem sabe postar todos os dias, pôr minha escrita em prática minha leitura em ação, deixar de lado toda essa melação de amizades de MSN, porque ainda sou dependente dessas e odeio fazer com que o afeto aumente invés de diminuir, mas é óbvio, se permaneço aqui a tendência é aumentar.
Mas enfim, tchau blog, tchau darkblue (?), espero voltar amanhã com meu post triste e dramático de ano novo.

Estou perdida, completamente. É janeiro. É sempre assim.

domingo, 1 de novembro de 2009

Em algum dia de Julho.

Era eu, uma garrafa de dois litros de água fresca, uma série de adolescentes modernos e clichês, cinco amigos online, que no passado só eles bastariam, bastariam e ajudariam a melhorar meu dia por pior que tenha sido. Uma certa quantidade de viagens legais agendadas, a estréia de um filme que fazia parte de mim que se aproximava cada vez mais, alguns chocolates sobre a mesa, tempo nublado e chuvoso. Férias, sem lições, sem obrigações.
Tinha tudo pra ser um dia perfeito, mais faltava algo, faltava algo tão grande que às vezes quando me pegava sorrindo, eu parava e pensava: Espera, isso é certo? Quer dizer porque estou sorrindo?
E aquilo doía, doía, mais eu sabia esconder até de mim mesma, porque era uma dor caseira, uma dor conhecida, que há algum tempo já tinha feito de mim sua morada.
E eu me acostumei a ela, não, ainda é cedo pra mentir tanto assim, vou continuar apenas com a aquela mentira curta e tão conhecida: Eu estou bem, eu estou muito bem...


(Post velho)

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Clichê é esperar.

Quilos de preocupação misturados com mais toneladas de sofrimento antecipado e masoquismo, eu diria que estes, me definem perfeitamente.
Lamentar antes, durante e depois é comigo mesmo, por mais que tenha dado certo, sei que reclamarei incansavelmente até o pior acontecer outra vez. Aí terei com o que sofrer, e tudo ficará bem.
Porque é isso mesmo, eu devo gostar de sofrer, não há outra explicação...
Mas se querem saber, fazia acho que talvez um mês que eu não sabia mais o que era sol, estava nublado e cinza, (literalmente pra variar) e o que eu mais queria era o meu sol, porque apesar de gostar do clima "cinzático", ser escrava dele por tanto tempo estava sendo... Ruim.
Não falo do sol que me torra e faz-me suar baldes, falo de alegria... Fiquei tanto tempo fingindo estar bem e não importar-me com nada, que logo percebi que estava transformando-me em um robô, onde risos eram feitos apenas com a boca, incapazes de alcançar os olhos, incapazes de serem verdadeiros.
BláBlá, mesma lenga-lenga de sempre, eu sei. É que é estranho, em uma hora eu quero tanto uma coisa, e de repente em outra eu a desprezo tanto quanto a queria. Sei que se fizer vou arrepender-me amargamente por ser tão idiota em insistir numa coisa tão inútil e indigna de merecer se quer 1 % de minha atenção. Mas sei que se não fizer, e o perder, ou alguém fazer em meu lugar, me arrependerei também, ou seja, pra onde correr? Estou empacada outra vez.
Definitivamente se eu pudesse voltar no tempo eu seria não; o retorno não chega, os dois lados que agora encontram-se opostos não andam, e todas as lágrimas derramadas foram em vão.
Com certeza eu faria, faria e faria agora. Eu seria NÃO.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

The Sea.

De fato faço do meu medo minha própria morada. Eu temo o mar, porém, sinto-me estranhamente bem e “em casa” quando me deparo a tamanha quantidade de água. Questiono a força da natureza, imaginando de segundos em segundos quando é que o mar recuará e formara uma onda gigante, de metros incontáveis, e assim destruir tudo, incluindo a mim.
Parecia um sonho, eu quase sempre sinto não estar acontecendo, quando algo está diferentemente perfeito demais... Bom, eu já comentei sobre o meu dia com a minha amiga virtual, que agora é real, no fotolog.
Só queria mesmo, que outras pessoas que nunca vi, pudessem estar ali comigo, mas acho que seria pedir demais, até porque, quem eu realmente queria, fazem parte de um passado que eu daria tudo pra voltar.
É lastimável, não consigo perder, parece que cada um que se vai é como se arrancassem um membro do meu corpo sem anestesia, lenta e dolorosamente.
Eu já devo estar aleijada de tudo tantas foram as pessoas que perdi, sejam estas, física ou/e sentimentalmente.
É estranho dizer que me importo agora, já que foram tantas as vezes que afirmei não fazer diferença ter alguém ou não... Acontece que é mais fácil fingir e fugir, é mais fácil mentir pra si mesmo do que encarar a verdade; ela machuca, ela te faz acordar de um mundo seu, onde é tudo como você quer, ou pelo menos como você desejaria que fosse.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Sobre amanhã que é hoje.

Fora um ano dos piores e mais difíceis pra mim. O pior é que mesmo próximo, ainda não chegou ao fim.
Nem vou dar-me ao luxo de perguntar “o que mais de ruim pode acontecer?” É como se fosse um agouro que clama catástrofes daquelas bem cabeludas.
Certo; dentro de algumas horas estarei entrando em uma sala de aula, trocando olhares e encaradas nervosas com boa parte de pessoas que eu nunca vira na vida.
O nervosismo e insegurança é algo bem familiar quando se trata de eu ter que dar o meu melhor seja lá no que for. Mas especialmente em dias de provas, eu fico... A ponto de inchar (se que isso é mais possível) e por fim explodir (o que seria bom).
Pensar no futuro, criar responsabilidades, essas coisas todas chatas que somos obrigados a fazer em certo ponto em nossas vidas, nunca foi a minha cara, eu definitivamente não nasci pra isso. Se tem uma coisa da qual eu tenho 100% de certeza é que eu viveria em meu mundo particular pra sempre, e é claro... sozinha numa boa.
Sério, daqui a pouco vou quebrar a cabeça em uma prova, e se por algum milagre divino eu passar não vai ser nem de longe o que queria realmente fazer. Mas como eu não conseguirei nota boa no ENEM... Bom, digamos que eu desde pequena fui acostumada a sempre contentar-me com o pior.
A barriga está começando a dar puxões gélidos e frenéticos só para fazer lembrar que a cada volta dos ponteiros minha forca particular encontra-se cada vez mais próxima.
É claro eu estou exagerando, fazendo meu drama diária, fazendo-me de vítima, é o que todos pensam, mas nunca realmente imaginei que cabeças tão normais fossem capazes de interpretar a minha tão... Anormal.
Não bastasse minha auto-pressão psicológica, tenho de contar com a dos meus pais é claro, especialmente a do meu pai, o que se era de imaginar, é sempre assim...
Bom, eu realmente estou morrendo de sono, acordei muito cedo hoje e só parei pra sentar e pensar agora. Vou comer meu cereal da madrugada (eu o amo porque além de não ter gosto de nada, não engorda) e mergulhar na maior e fantástica aventura já criada nesse mundo, parece que é a única hora que sinto pertencer a algum lugar, é quando leio; principalmente se for HP.
Vou lá, meu verdadeiro mundo me espera, desejo-me desde já muita sorte e boa quantidade de arrependimento futuro por não me importar com nada.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Ah os Terráqueos...

Eu deveria estar lendo, estudando, fazendo coisas que as pessoas da minha idade nessa época são obrigadas a fazer. Ah, que coisa mais chata é ser um humano.
Você cresce preso em mundo seu, em um bolha que seus pais constroem justamente para te proteger da injusta verdade.
Então você cresce mais ainda, conhece pessoas que não tiveram essa bolha e aí elas estouram toda aquela sua impecável proteção; você passa a ver a verdade, custa a se acostumar a ela e tenta achar o seu lugar, até que finalmente você o encontra.
Então chega uma época em que você é obrigado a sacrificar diversão para algumas horas, dias, meses de estudo para quem sabe talvez, conseguir entrar em uma faculdade que nem era o seu sonho de verdade.
Aí você segue uma área que é totalmente diferente com o que você queria, é uma coisa chata e que você é péssima em fazer, mais dá dinheiro... Ah o dinheiro...
Acho que a culpa é toda dele, queria que houvesse uma solução para um mundo não-capitalista, não haveria bens e nem dinheiro para se roubar... Mais pensando bem, estamos falando de seres-humanos; não importa, eles arrumariam outra coisa para roubar; arrumariam outra coisa para se auto-destruir.
Você vai achar alguém e achar que pode suportar dividir o resto de sua vida ao lado dele, mais os anos vão passar, vocês terão alguns filhos, o custo médio salarial não vai mais bastar pra essa sua nova família se aquela faculdade que você fez era a que você desejava mesmo fazer.
Mas se você fez a outra que lhe proporcionaria mais vantagem de emprego com um custo de salário maior e avantajado, você e sua família estariam bem. Mais só financeiramente ok?
Seria como em filmes mesmo, um dia cansativo e estressante de trabalho (um trabalho que você detesta), uma janta em família tediante, alguns berros com seus filhos, outros com o seu marido/esposa, pra no final apenas... morrer.
Quer saber? Eu não quero nada disso...
Eu odeio esse planeta, odeio como as pessoas daqui vivem, eu definitivamente não sou daqui, não é à toa que não encontro o meu lugar. Não se pode achar o que não existe.