domingo, 1 de novembro de 2009

Em algum dia de Julho.

Era eu, uma garrafa de dois litros de água fresca, uma série de adolescentes modernos e clichês, cinco amigos online, que no passado só eles bastariam, bastariam e ajudariam a melhorar meu dia por pior que tenha sido. Uma certa quantidade de viagens legais agendadas, a estréia de um filme que fazia parte de mim que se aproximava cada vez mais, alguns chocolates sobre a mesa, tempo nublado e chuvoso. Férias, sem lições, sem obrigações.
Tinha tudo pra ser um dia perfeito, mais faltava algo, faltava algo tão grande que às vezes quando me pegava sorrindo, eu parava e pensava: Espera, isso é certo? Quer dizer porque estou sorrindo?
E aquilo doía, doía, mais eu sabia esconder até de mim mesma, porque era uma dor caseira, uma dor conhecida, que há algum tempo já tinha feito de mim sua morada.
E eu me acostumei a ela, não, ainda é cedo pra mentir tanto assim, vou continuar apenas com a aquela mentira curta e tão conhecida: Eu estou bem, eu estou muito bem...


(Post velho)