sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Ah os Terráqueos...

Eu deveria estar lendo, estudando, fazendo coisas que as pessoas da minha idade nessa época são obrigadas a fazer. Ah, que coisa mais chata é ser um humano.
Você cresce preso em mundo seu, em um bolha que seus pais constroem justamente para te proteger da injusta verdade.
Então você cresce mais ainda, conhece pessoas que não tiveram essa bolha e aí elas estouram toda aquela sua impecável proteção; você passa a ver a verdade, custa a se acostumar a ela e tenta achar o seu lugar, até que finalmente você o encontra.
Então chega uma época em que você é obrigado a sacrificar diversão para algumas horas, dias, meses de estudo para quem sabe talvez, conseguir entrar em uma faculdade que nem era o seu sonho de verdade.
Aí você segue uma área que é totalmente diferente com o que você queria, é uma coisa chata e que você é péssima em fazer, mais dá dinheiro... Ah o dinheiro...
Acho que a culpa é toda dele, queria que houvesse uma solução para um mundo não-capitalista, não haveria bens e nem dinheiro para se roubar... Mais pensando bem, estamos falando de seres-humanos; não importa, eles arrumariam outra coisa para roubar; arrumariam outra coisa para se auto-destruir.
Você vai achar alguém e achar que pode suportar dividir o resto de sua vida ao lado dele, mais os anos vão passar, vocês terão alguns filhos, o custo médio salarial não vai mais bastar pra essa sua nova família se aquela faculdade que você fez era a que você desejava mesmo fazer.
Mas se você fez a outra que lhe proporcionaria mais vantagem de emprego com um custo de salário maior e avantajado, você e sua família estariam bem. Mais só financeiramente ok?
Seria como em filmes mesmo, um dia cansativo e estressante de trabalho (um trabalho que você detesta), uma janta em família tediante, alguns berros com seus filhos, outros com o seu marido/esposa, pra no final apenas... morrer.
Quer saber? Eu não quero nada disso...
Eu odeio esse planeta, odeio como as pessoas daqui vivem, eu definitivamente não sou daqui, não é à toa que não encontro o meu lugar. Não se pode achar o que não existe.